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Industry4Her: Após 4 anos, programa vê boas expectativas para mulheres na indústria

Escrito por: Gráfica JP

A participação das mulheres no setor industrial ainda precisa de avanços, já que a desigualdade de gênero continua sendo uma realidade.

Apesar disso, o papel feminino na indústria 4.0 tem se fortalecido, encontrando apoio em programas como o Industry4Her, criado pela Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha (VDI-Brasil) com o objetivo de capacitar mulheres diante dos avanços tecnológicos nas operações industriais.

Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), 6 em cada 10 indústrias implementaram políticas de igualdade de gênero em 2023. Além disso, a instituição revelou que a participação feminina em cargos de liderança no setor aumentou 9,5% nos últimos 10 anos.

Com cursos de capacitação, eventos e outras iniciativas, o Industry4Her tem desempenhado um papel ativo desde sua criação há quatro anos e enxerga um futuro promissor para o avanço das mulheres na indústria 4.0.

Dados sobre o aumento da presença das mulheres na indústria

Atualmente, as mulheres representam um quarto da força de trabalho nas indústrias brasileiras. Segundo o Observatório Nacional da Indústria, órgão da CNI, a presença feminina em cargos de gestão na área aumentou de 24% para 31,8%.

Embora os números ainda sejam inferiores aos de outros setores econômicos, a tendência na indústria 4.0 aponta que as mulheres devem conquistar cada vez mais espaço nos próximos anos.

Entre as políticas que auxiliam nesse processo, a busca pela igualdade salarial entre gêneros tem se tornado uma prioridade para muitas empresas.

Esse cenário, somado a outros programas de incentivo, reforça a perspectiva de um futuro mais digno para as mulheres em funções no setor.

Como o programa pode ter influenciado nos números de hoje

O Industry4Her foca na capacitação de mulheres que desejam ocupar cargos de liderança nas indústrias. O programa oferece cursos tanto para quem busca assumir essas funções quanto para quem já está em posições de liderança e deseja aprimorar suas habilidades.

Desde sua fundação, o programa já auxiliou mais de 500 mulheres, com a meta de alcançar 1.000 até 2025. Sua atuação, conduzida por uma equipe de liderança totalmente feminina, pode estar diretamente ligada à evolução da igualdade de gênero no setor.

As políticas de incentivo têm o potencial de alcançar mais mulheres interessadas em ingressar na indústria 4.0, mas que ainda não encontram o apoio necessário para progredir.

O que é a indústria 4.0

A Indústria 4.0 engloba os avanços da Quarta Revolução Industrial, com novos meios de produção que integram tecnologias digitais para otimizar o trabalho nas fábricas, como automação e troca de dados.

Nesse cenário, a inteligência artificial desempenha um papel central, ao permitir que máquinas aprendam e se tornem mais eficientes.

Outro conceito relevante é a Internet das Coisas (IoT), que cria uma rede de dispositivos físicos conectados e capazes de trocar dados entre si.

Esses avanços estão transformando o setor industrial e coincidem com um momento em que as mulheres estão ganhando mais espaço na área. Com esse potencial, é importante que o aumento da força de trabalho feminina acompanhe as tendências futuras.

A importância de ter mulheres em liderança e nessas áreas

Em comparação com as últimas décadas, a diferença entre homens e mulheres em cargos de liderança vem diminuindo. Essa mudança está relacionada à importância do empoderamento feminino no setor, o que pode contribuir para o combate ao machismo estrutural na sociedade como um todo.

Historicamente, o setor industrial carrega o estigma de ser dominado por homens, principalmente em áreas que exigem maior esforço físico.

Nesse contexto, tanto na força de trabalho quanto na gestão dessas equipes, superar essa barreira abre mais oportunidades para as mulheres em um cenário de Indústria 4.0, que promete otimizar as operações em diversos aspectos.

Desigualdade salarial e social nos últimos 5 anos

De acordo com dados recentes do governo federal, as mulheres ainda recebem 19,4% a menos do que os homens. Apesar dos avanços e das leis criadas para promover o equilíbrio salarial, ainda são necessários esforços adicionais para alcançar a plena igualdade.

Segundo o Fórum Econômico Mundial, o Brasil levará 134 anos para atingir esse objetivo. No ranking relacionado a esse quesito, o país caiu 13 posições em comparação com outros países.

A criação de novas políticas, como o Industry4Her, continua sendo necessária para aumentar a presença feminina no ambiente de trabalho. Ao mesmo tempo, o mercado deve acompanhar as tendências e agir de acordo com as normas já estabelecidas nesse contexto.

Papéis de gênero e como eles impactam as expectativas profissionais

Na sociedade, estigmas relacionados aos papéis de gênero ainda são bastante comuns. A ideia de que certas funções são exclusivas para homens ou que as mulheres têm menos capacidade de realizar determinadas tarefas ainda se faz presente no ambiente corporativo.

A questão da maternidade é um dos principais exemplos. Muitas empresas ainda veem a possibilidade de uma mulher se tornar mãe de forma negativa, argumentando que isso pode impactar a força de trabalho.

Dessa forma, os critérios para mulheres se tornam ainda mais rigorosos do que para os homens. Muitas reclamações são feitas em relação a entrevistas de emprego, devido a perguntas de caráter pessoal.

Essas questões evidenciam a necessidade de políticas voltadas à igualdade de gênero. Não apenas para apoiar as mulheres que enfrentam essas desigualdades, mas também para ajudar os homens que reproduzem esses comportamentos, muitas vezes sem se dar conta.

Exemplos de políticas inclusivas que promovem a igualdade de gênero

O mercado de trabalho tem adotado práticas para promover a igualdade de gênero e beneficiar as mulheres, não apenas no setor industrial, mas também em diversas outras áreas.

Igualdade salarial: a legislação brasileira atual estabelece critérios para impedir a desigualdade salarial entre homens e mulheres que desempenham as mesmas funções. Isso contribui para um ambiente de trabalho mais justo e incentiva a participação feminina em cargos onde eram menos valorizadas.

Programas de incentivo: além do Industry4Her, outros programas podem ser desenvolvidos para capacitar mulheres para o mercado de trabalho, principalmente em cargos onde a presença feminina ainda enfrenta estigmas negativos por parte da sociedade.

Ações de conscientização interna: as empresas podem promover iniciativas para melhorar o convívio entre homens e mulheres no ambiente de trabalho. Eventos e palestras são formas eficazes de ensinar práticas de respeito e inclusão, evitando diferenças dentro das equipes.

Rede de apoio para mães: a gravidez, parte natural da vida de muitas mulheres, costumava trazer desafios no ambiente de trabalho. Hoje, é fundamental oferecer programas que garantam apoio às profissionais grávidas, incluindo licença-maternidade e outros benefícios que assegurem sua posição na empresa.

Tendências e previsões para a participação feminina no setor

O cenário atual das mulheres na Indústria 4.0 demonstra evolução na busca por condições iguais de gênero, mas ainda há um longo caminho a percorrer.

A Industry4Her visa ampliar sua atuação para aprimorar a capacitação do público feminino em cargos de liderança, o que pode trazer benefícios a longo prazo. Ao mesmo tempo, são esperados novos avanços nas políticas das empresas e na legislação.

Neste mês de setembro, o governo brasileiro anunciou um Plano Nacional de Igualdade Salarial entre homens e mulheres, com previsão de R$ 17 bilhões investidos nas medidas propostas.

Tanto no setor industrial quanto em outras áreas, a participação feminina no mercado de trabalho deve continuar a conquistar melhorias no futuro.

Sobre o autor

A Gráfica JP atua no mercado através de uma ideologia familiar. A gráfica conta com colaboradores altamente qualificados e máquinários de primeira qualidade em seu ramo.


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